MESTRADO EM AGROECOLOGIA – Inscrições no processo seletivo podem ser realizadas até 23 de janeiro
Ao todo, 19 vagas estão disponíveis, distribuídas em linhas de pesquisas voltadas para biodiversidade e sistemas agroecológicos e de sustentabilidade ambiental
As pessoas interessadas em participar do processo seletivo para o mestrado em Agroecologia, promovido pela associação entre o IFRR, a Uerr e a Embrapa, têm até 23 de janeiro de 2023 para se inscrever.
O edital de processo seletivo prevê a oferta de 15 vagas para a linha de pesquisa biodiversidade funcional em agroecossistemas amazônicos e quatro para a linha de pesquisa sistemas agroecológicos, gestão territorial e sustentabilidade na Amazônia, totalizando 19 vagas, conforme a disponibilidade do professor orientador ou da professora orientadora.
As inscrições devem ser efetuadas no site da Uerr, cumprindo os procedimentos e as instruções descritos no edital, com o envio da documentação exigida digitalizada. Além disso, o candidato ou candidata deverá pagar taxa de inscrição de R$ 50 por meio de guia de recolhimento bancário até a data limite de vencimento.
O processo seletivo ocorrerá em três fases, sendo a primeira, de caráter classificatório e eliminatório, composta por análise da parte escrita do projeto de pesquisa; a segunda, também de caráter classificatório e eliminatório, composta de entrevista oral sobre o projeto de pesquisa; e a terceira e última, classificatória, composta da análise do currículo.
Conforme o cronograma do processo seletivo, a previsão é que o resultado final seja divulgado no dia 15 de março de 2023 e que as aulas tenham início no mesmo mês, ainda com dia a ser determinado.
O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IFRR, professor Romildo Alves, destaca que o curso é reconhecido e recomendado pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e pelo Conselho Estadual de Educação, e recomenda a participação também de servidores do instituto no processo seletivo, que, segundo ele, proporcionará oportunidade de formação em uma ciência ampla, abrindo novos conhecimentos e crescimento profissional e pessoal para quem participar.
“A agroecologia é uma ciência que abrange muitas outras. Não está focada apenas na agricultura e no meio ambiente. Por meio dessa formação, estuda-se desde filosofia e sociologia, passando por várias outras, até engenharia, por exemplo. É uma outra forma, então, de promover uma interação maior entre homem e meio ambiente, e entre as pessoas também. Trata-se de um curso amplo e muito importante para servidores do IFRR e para quem quer que se interesse por ele”, declarou Alves.
MESTRADO EM AGROECOLOGIA – O objetivo do curso de Mestrado Acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia, viabilizado pela parceria institucional entre o IFRR, a Uerr e a Embrapa, é propiciar oportunidade de aprendizado e vivência em agroecologia, por meio do ensino, pesquisa científica e ação participativa, a profissionais do estado que atuam no setor agrícola e agrário, de forma direta ou indireta, com a finalidade de oferecer-lhes instrumentalização para essa ciência.
A agroecologia é uma ciência com qualidade interdisciplinar, em que diferentes disciplinas se conectam em busca de possibilidades diante dos desafios que se apresentam hoje e para o futuro, especialmente no que tange à segurança alimentar, à erradicação da miséria e à preservação da natureza. O diálogo entre as diferentes disciplinas proporcionará um ambiente rico de aprendizado, ao ser tanto plural, pela união dos esforços, como singular, pelo produto do conhecimento e da pesquisa gerado por essa combinação.
LINHA DE PESQUISA 1 – Biodiversidade funcional em agroecossistemas amazônicos: inventário da diversidade da flora e da fauna para fins de aproveitamento das funções biológicas de plantas, microrganismos e animais em processos biológicos para a produção agropecuária sustentável e desenvolvimento de práticas agrícolas com bases ecológicas. As atividades dessa linha de pesquisa transitarão entre a abordagem qualitativa e a quantitativa. A abordagem qualitativa, por meio dos estudos de caso envolvendo técnicas de diagnóstico rural participativo, marcará o início dessa proposta e norteará a pesquisa quantitativa. O conhecimento do todo, mediante análise holística, fornecerá elementos a serem investigados de forma isolada e quantitativa, os quais podem, depois, ser integrados novamente à análise do todo. Espera-se, assim, que a pesquisa siga num ritmo harmônico entre o todo e o particular.
LINHA DE PESQUISA 2 – Sistemas agroecológicos, gestão territorial e sustentabilidade na Amazônia: investiga como as diferentes transformações atuam sobre a bio ou a sociodiversidade, avaliando o grau e a forma como acontece o impacto e como os recursos naturais, em suas diferentes escalas, respondem esse impacto. Dessa forma, visa avaliar a relação homem-natureza em diferentes escalas, além de buscar o desenvolvimento de técnicas que mitiguem e manejem áreas com diferentes graus de impacto. O modelo fundiário da Amazônia é composto por terras indígenas, unidades de conservação, florestas nacionais, áreas comunitárias e áreas privadas. Não se reduz a terras agricultáveis e não agricultáveis. É uma configuração muito mais abrangente. Trata-se de um bioma frágil cuja grande parte ainda é desconhecida cientificamente. Logo, destaca-se a necessidade de estudos na busca do uso racional desses diferentes espaços e do redirecionamento de atividades objetivando a sustentabilidade.