Gestores do IFRR reúnem-se com representantes do MEC e da Funai

A coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena do Ministério da Educação (Secadi/MEC), Rosilene Cruz de Araújo Tuxá, e o coordenador-geral de Promoção de Cidadania da Funai, André Ramos, reuniram-se, na última sexta-feira, 16 de junho, das 9h30 às 11h, no prédio da Reitoria, com pró-reitores e representantes de campi do Instituto Federal de Roraima (IFRR).

O encontro integrou uma extensa agenda de visitas da equipe interministerial formada por representantes do MEC, da Funai e do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) que esteve em Roraima, de 14 a 16 de junho, com o objetivo de fazer um diagnóstico da situação e das demandas relacionadas aos povos indígenas, em especial à crise dos yanomamis.

No IFRR, Rosilene Tuxá e André Ramos conheceram as políticas e as ações educacionais da instituição para os povos indígenas de Roraima, envolvendo ensino, pesquisa e extensão. Isso inclui o primeiro curso Técnico em Magistério Indígena subsequente ao ensino médio, ofertado pelo Campus Avançado Bonfim em parceria com a Prefeitura Municipal de Normandia, que atende 86 docentes indígenas daquele município.

Comentando o resultado da reunião, a pró-reitora de Extensão, Roseli Bernardo Silva dos Santos, esclareceu que o IFRR vai procurar atender, dentro das condições possíveis, às políticas educacionais para os povos originários, por meio da oferta de programas de ensino e de extensão, contribuindo para a formação técnica e profissional dessas populações. “Caberá também um diálogo intercultural entre os saberes ancestrais e as novas tecnologias. Isso envolve a formação de professores para os contextos étnicos, tendo em vista a superação de desafios”, completou.

AÇÕES

Considerando as demandas institucionais e as políticas públicas para os povos indígenas de Roraima, o IFRR vem desenvolvendo, em maior proporção, desde 2013, as aprendizagens comunitárias com ações de interesse desses povos. De 2014 a 2018, realizou a formação continuada de professores por meio do programa Ação Saberes Indígenas na Escola, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi).

Além das ações em prol da comunidade externa, a instituição tem políticas de cotas étnico-raciais, promovendo a inclusão de alunos indígenas no ensino médio integrado e no superior, com auxílio de bolsa-permanência, bem como a formação de professores indígenas pelo Campus Avançado Bonfim. No Campus Amajari, no norte de Roraima, quase 60% dos estudantes são autodeclarados indígenas.

Os projetos de extensão são referência para o fortalecimento cultural e político das aldeias indígenas. Para além das práticas educativas, os projetos de segurança alimentar são necessários para a resistência e o empoderamento de novas tecnologias com os arranjos produtivos locais, objetivando a sustentabilidade para diversas etnias.

O QUE É 

A Secadi/MEC é responsável por implementar políticas educacionais nas áreas de alfabetização e educação de jovens e adultos, educação ambiental, educação em direitos humanos, educação especial, educação do campo, educação escolar indígena, educação quilombola e educação para as relações étnico-raciais.

Ascom/Reitoria
Texto: Rebeca Lopes
Fotos: Gildo Júnior
16/6/2023