Estudante do IFRR é selecionado para representar Roraima no programa Jovens Embaixadores
O bom desempenho escolar, a fluência em inglês e o engajamento em iniciativa de impacto social foram alguns dos requisitos que levaram o estudante Lucas Saldanha, 18 anos, do Campus Novo Paraíso do Instituto Federal de Roraima (CNP/IFRR), a ser um dos 50 jovens brasileiros selecionados no programa Jovens Embaixadores (JE) 2022, que completa 20 anos levando estudantes do ensino médio da rede pública do Brasil para um intercâmbio de curta duração nos Estados Unidos.
Estudante do curso Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio desde 2019, Lucas apresentou seu trabalho de conclusão de curso na última semana, sob a orientação da professora do CNP e incentivadora Polyanni Dallara, finalizando com nota máxima mais uma etapa da sua vida acadêmica. Ele acredita que o nível de educação ofertado pelo instituto, aliado a seu bom desempenho escolar, foi fundamental para a conquista da vaga no JE. “Talvez, se eu não tivesse entrado no IFRR, não teria passado nos Jovens Embaixadores, pois o ensino é de qualidade, e eu tinha de ter boas notas para ser um jovem embaixador por Roraima”, disse.
A professora Polyanni Dallara foi também a responsável pela escrita da carta de recomendação exigida para a seleção no programa. “Ao escrevê-la [carta], conheci mais sobre a vida do Lucas e da comunidade onde ele habita, em Rorainópolis, percebendo que tal oportunidade poderia gerar uma mudança significativa na sua vida pessoal e profissional, e na comunidade, a partir dessa experiência formativa que poderia realizar por meio dos Jovens Embaixadores”, recordou.
Ela ainda lembrou que a vitória do Lucas foi recebida com muita alegria, pois a história exitosa do estudante no campus é um exemplo de que a unidade pode e deve criar instrumentos de motivação e informação para o intercâmbio estudantil. “Esse resultado foi importante demais para o CNP e, com certeza, comprova como os campi devem investir em informativos sobre intercâmbios e lograr relações com instituições estrangeiras”, declarou.
Lucas contou que a sua decisão de participar da seleção para o JE 2022 foi tomada em novembro de 2021, mas que já fazia dois anos que desejava ser candidato a uma das vagas do programa, uma vez que preenchia os pré-requisitos exigidos e sabia que esse tipo de experiência seria importante para seu crescimento pessoal, acadêmico e profissional. “Foram sete fases [processo seletivo] e, na minha opinião, o maior medo e nervosismo ocorreu nas fases das provas escrita e oral, mas consegui transmitir minhas ideias para o programa e me comunicar em inglês”, relembrou.
Sobre essa habilidade em inglês, Lucas explicou que, além das aulas que teve no ensino médio, aprimorou o aprendizado da língua durante a pandemia, em 2020, sozinho, na própria casa, principalmente assistindo a séries de TV. “Meu nível agora é o B2, intermediário avançado, e espero que, com o intercâmbio, eu retorne com mais fluência. O JE representa um início para a minha carreira internacional acadêmica, pois quero aplicar para alguma universidade americana”, contou.
Para a seleção, também foi considerado o perfil do estudante, de quem “pensa fora da caixa”, tem espírito inovador e atitude positiva. Lucas participa do Engajamundo, uma organização nacional de liderança juvenil que busca engajar e capacitar os jovens sobre a importância da ação juvenil para enfrentar os problemas ambientais e sociais. “Fazemos o trabalho por meio de reuniões on-line, nas quais discutimos problemáticas como desmatamento, poluição e, ao final, tentamos achar várias soluções simples que possamos aplicar no dia a dia”, explicou.
Em junho, Lucas decola em sua primeira viagem de avião rumo a São Paulo para providenciar o visto americano necessário para a viagem aos Estados Unidos, que será em julho deste ano. Lá ele irá conhecer, entre outros locais, Washington, D.C., onde participará de oficinas sobre liderança e empreendedorismo, visitará escolas, projetos de empreendedorismo social e se reunirá com representantes do governo norte-americano. Ao final do programa, os participantes devem apresentar um esboço do projeto de empreendedorismo/impacto social a ser implementado em suas comunidades quando do retorno ao Brasil.
Para a reitora do IFRR, professora Nilra Jane Filgueira, conquistas como a do Lucas reforçam a importância e o diferencial de um ensino de qualidade, que estimula o protagonismo dos estudantes. “Esse é um dos tipos de notícia que tanto nos alegra! Para nós é uma grande honra ter um estudante nosso representando o Estado de Roraima em um programa desse nível. Parabenizo o Lucas e todos os seus professores pela aprovação nessa seleção tão criteriosa”, afirmou.
JOVENS EMBAIXADORES – Iniciativa oficial do Departamento de Estado norte-americano, o programa é coordenado no Brasil pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos da América. No IFRR, desde 2009 há registros de estudantes que foram selecionados para o programa como representantes do Estado de Roraima. A última estudante a participar foi a aluna do curso Técnico em Secretariado do Campus Boa Vista (CBV) Daniele Andressa Araújo Mesquita, na edição de 2019.