Prática em cursos técnicos é diferencial na formação dos profissionais

por Rebeca publicado 26/09/2016 14h15, última modificação 26/09/2016 21h17
Instalado no extremo norte de Roraima, o Campus Amajari do Instituto Federal de Educação de Roraima (CAM-IFRR) oferece os cursos técnicos em Agropecuária e em Aquicultura, e o superior de Tecnologia em Aquicultura. São 266 alunos matriculados nos cursos presenciais, segundo dados da última atualização do Censo Escolar 2016

Instalado no extremo norte de Roraima, o Campus Amajari do Instituto Federal de Educação de Roraima oferece os cursos técnicos em Agropecuária e em Aquicultura, e o superior de Tecnologia em Aquicultura. São 266 alunos matriculados nos cursos presenciais, segundo dados da última atualização do Censo Escolar 2016.

A oferta de cursos atende a demandas de comunidades da região, ouvidas durante audiência pública de instalação da escola. Certamente elas levaram em conta o potencial socieconômico do município, que se destaca, conforme estudo da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan,) na agricultura,  na agroindústria,   e desponta para a piscicultura e o turismo.

Como todo curso, a grade curricular alia conhecimento e prática na formação dos profissionais que serão colocados no mercado de trabalho. Desde o primeiro semestre, os alunos põem a mão na massa, seja nas práticas laboratoriais, com disciplinas como Química, Física, Biologia, seja nas atividades de campo.

Lançado neste ano, o curso superior de Tecnólogo em Aquicultura teve aula-inaugural em maio, e os 30 alunos já participaram, no primeiro semestre, por exemplo, da segunda prática laboratorial da disciplina Fundamentos e Aplicação da Química, com o professor Jonierison Pontis.

Entre as atividades da disciplina, os estudantes fizeram cálculos de concentração da massa necessária para a medição na balança, preparação de solução e diluição. “Achei interessante. Deveria ter mais aulas desse tipo para nosso aprendizado para termos um melhor conhecimento das aulas práticas”, diz a aluna Glícia Luiza.

Como a Aquicultura ainda não faz parte da realidade de todos os futuros tecnólogos, o coordenador do curso, Lucas Comassetto, destaca que a prática ajuda a familiarizá-los com a atividade e com os estudos. Os alunos já tiveram prática de biometria, análise químico-física da água, despesca, povoamento de viveiros, monitoramento e controle da qualidade da água. “Dessa forma, eles conseguem observar e assimilar melhor os conhecimentos”, afirma.

As semanas sempre são cheias de atividades. Numa delas, os alunos do 3.º ano do curso Técnico em Agropecuária participaram da aula prática de análise de fezes de animais e  contagem do número de ovos por grama de fezes (OPG). A aula fez parte da disciplina de Bovinocultura de Leite, ministrada pela professora de Zootecnia Wilma Faria.

Outro componente curricular com atividade no campo experimental da unidade de ensino, na última semana, foi o de Manejo do Solo e da Água, com a professora Marina Keiko e com o técnico agrícola Oziel Furquim. Discentes de comunidades indígenas do Município de Alto Alegre que cursam o Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio em regime de alternância aprenderam a fazer a determinação da declividade do solo.

A coordenadora do curso Técnico em Agropecuária, Alessandra Fortes, destaca que o diferencial das escolas técnicas é justamente proporcionar aos discentes a vivência do que aprendem em sala de aula. "Além das aulas práticas inerentes às disciplinas, neste ano foi reservada uma manhã na carga horária semanal das turmas concluintes para o desenvolvimento da 'Prática em Campo'", explica.

Segundo Alessandra, são horas extras além da grade curricular. “Os alunos conseguem desenvolver atividades das disciplinas do módulo, geralmente de forma integrada, melhorando  a assimilação dos conteúdos e obtendo uma visão mais global do futuro técnico. Essa prática é considerada o diferencial para os alunos na hora de buscarem uma colocação no mercado de trabalho”, frisa.

 

Rebeca Lopes
CCS/Campus Amajari
23/9/16

CGP