Pais e professores participam do primeiro Tempo-Comunidade no Contão

por Rebeca publicado 13/03/2017 13h55, última modificação 14/03/2017 11h54
Pais e responsáveis por alunos indígenas que cursam o Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio em regime de alternância, com 11 professores do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR), participaram do primeiro Tempo-Comunidade, realizado na Comunidade Indígena do Contão, dentro da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol

Pais e responsáveis por alunos indígenas que cursam o Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio em regime de alternância, com 11 professores do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR), participaram do primeiro Tempo-Comunidade, realizado na Comunidade Indígena do Contão, dentro da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol.

O encontro, que ocorreu na última quinta-feira, dia 9, na quadra de esportes da Escola Estadual Indígena José Marcolino, teve expressiva participação dos pais/responsáveis por alunos e contou com a presença de 11 professores do CAM, incluindo a diretora de Ensino, Pierlangela Cunha, e a coordenadora do curso técnico, Camila Morais, além do tuxaua Romisson Ramos Fidélis.

Nesse primeiro encontro, a professora Camila entregou o calendário escolar do ano letivo 2017, o cronograma de atividades do curso e um informativo contendo explicações sobre o funcionamento da alternância: as atividades desenvolvidas, o Tempo-Comunidade e o registro de vivência. A equipe técnica também reforçou as informações e esclareceu dúvidas.

Conforme a coordenadora, esse momento é muito importante, uma vez que ocorre depois do primeiro retorno dos alunos às suas comunidades. “Queremos ouvir o que os estudantes acharam desse primeiro contato com a escola e se estão com alguma dificuldade. Embora a maioria seja muita tímida, com certeza todos devem ter conversado com os pais”, disse Camila.

A diretora de Ensino reforçou que a importância do sucesso do curso de alternância está relacionada ao envolvimento familiar no acompanhamento das atividades práticas e teóricas, bem como ao apoio e à participação da comunidade. “Os pais têm papel fundamental para o sucesso dos filhos. Quando os alunos estiverem na escola, o projeto de intervenção vai precisar ter continuação. O comprometimento dos pais e da comunidade é o que vai manter os alunos motivados, proporcionar a troca de experiência e ajudar a desenvolver a região”, afirmou Pierlangela.

Quase numa fala unânime, o tuxaua Ronisson e os pais se colocaram à disposição da escola para ajudar no que for preciso para que os filhos estudem, chamando a atenção para a importância do estudo na vida pessoal, profissional e comunitária, enfatizando que devem aproveitar a oportunidade de estudo oferecida. “Queremos que vocês (alunos) deem o melhor de si, e nós vamos oferecer o apoio necessário para isso”, comentou o tuxaua.

Os pais estão apostando nos filhos. Segundo Carmen Sheila Guerreiro Figueiredo, mãe do aluno Edmilton das Neves Neto, o primeiro momento de separação foi doloroso. “Quando eles saíram para estudar, teve muitas lágrimas na primeira semana, mas, depois nos conformamos, pois sabemos que, quando voltarem formados, vamos comemorar a vitória”, afirmou.

Estes são os professores que estavam presentes  no encontro: Aldenor Araújo (Matemática), Camila Morais (CCTEC), Eliselda Ferreira (área técnica), Jhionatan Aguiar (Física) José Vilson (Língua Portuguesa), João Panero (Química), Lucas Lima (Música), Pierlangela Cunha (DEN), Rosenilda Pulcinelle (Biologia), Wilma Gonçalves (área técnica), Sueli Martins (Geografia).

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