II CONEEI - Campus Amajari participa de debates sobre a política de atendimento à educação escolar indígena
A diretora do Ensino do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR), Pierlangela Cunha, participa, tanto na mesa como no grupo de trabalho, da II Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena (Coneei), que discute o eixo temático “Política de atendimento à educação escolar indígena”.
O evento está sendo realizado até hoje, dia 3, na Universidade Federal de Roraima, e conta com a participação do diretor-geral do CAM, George Sterfson Barros, e de nove acadêmicos indígenas do curso de Tecnologia em Aquicultura.
A realização da II Coneei é fruto de decisões tomadas na primeira edição do evento, em 2009, bem como de articulações do movimento indígena, da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena (CNEEI) e dos demais fóruns de líderes e de professores indígenas.
A conferência tem como objetivo avaliar os avanços, os impasses e os desafios da educação escolar indígena (EEI) com base na primeira conferência; construir propostas para consolidar a política nacional; reafirmar o direito a uma educação específica, diferenciada e bilíngue/multilíngue; e ampliar o diálogo para a construção de regime de colaboração específico para EEI, fortalecendo o protagonismo indígena.
O evento está organizado em cinco eixos temáticos. Um deles é a “Política de atendimento à educação escolar indígena”. No primeiro dia, houve mesas com expositores e moderadores dos respectivos temas. Nesta sexta, pela manhã, ocorrem as atividades em grupos de trabalho, para, na parte da tarde, ser feita a apresentação das propostas à plenária.
Pier, que foi uma das expositoras, fez um retrato dos temas que serão abordados nesse eixo, com base no documento da I Coneei. “Foi importante, porque dá para fazermos um comparativo de como estava há oito anos e de como está agora. Isso é importante para percebermos quais foram os avanços e quais os impasses que ainda estão presentes no atendimento aos povos indígenas na área da educação escolar indígena”, disse.
Segundo ela, o atendimento envolve não apenas a educação básica, que vai do ensino infantil até o médio, mas também o ensino superior, razão pela qual é importante mostrar essa verticalização. “A nossa participação na conferência e nesse eixo temático serve para avaliarmos o nosso atendimento como instituto federal que trabalha com os povos indígenas, para percebermos como está sendo esse atendimento, a fim de podermos melhorar e ampliar nossa contribuição para esses povos”, explicou.