Curso de Aquicultura faz primeira reprodução de tambaqui no Campus Amajari

por Rebeca publicado 02/08/2017 19h05, última modificação 02/08/2017 19h05
Acadêmicos do quarto semestre do curso superior de Tecnologia em Aquicultura do Campus Amajari participam da primeira atividade de reprodução de tambaqui, que está na fase de incubação de 500 mil ovos e que, considerando a taxa de sobrevivência no processo, pode chegar a 350 mil alevinos.

Acadêmicos do quarto semestre do curso superior de Tecnologia em Aquicultura do Campus Amajari participam da primeira atividade de reprodução de tambaqui, que está na fase de incubação de 500 mil ovos e que, considerando a taxa de sobrevivência no processo, pode chegar a 350 mil alevinos.

As matrizes são fruto de doação da Fazenda São Pedro, na região do Amajari, do produtor Rodolfo Pereira, que tem sido grande parceiro do campus nas atividades práticas dos discentes. A produção será destinada a fomentar os pequenos produtores, os trabalhos acadêmicos e os projetos de pesquisa, ensino e extensão.

Essa atividade acadêmica, que faz parte do projeto “Fortalecimento da Piscicultura Familiar no município”, está na segunda fase e integra o Núcleo de Pesquisa e Pesca em Aquicultura (Nupa/Norte-06). De acordo com o coordenador do curso superior, Marcelo Pontes, cada IF tem um núcleo, e o do IFRR está no Campus Amajari, devido aos cursos ofertados na área. Hoje a escola oferece o Técnico e o Tecnológico em Aquicultura, os primeiros no estado.

As fases do processo de reprodução incluem o preparo dos viveiros para receber as larvas dos peixes (correção do pH, limpeza, profilaxia e adubação); a indução hormonal, com aplicação de hipófise; a extrusão e a fertilização dos gametas (ovos e sêmen); a  incubação dos ovos; e, por último, a transferência das larvas para os viveiros.

Pontes explicou que, no último fim de semana, ocorreu a desova e a fertilização. Os acadêmicos fizeram plantão para monitorar as incubadoras, uma vez que o fluxo da água não pode parar.  “Nesse processo, fazemos a reutilização da água, que é resultado de um projeto financiado pelo Programa de Energia Renovável”, disse.

Nessa fase de incubação dos ovos, o tempo estimado nas incubadoras é de uma semana. Depois, as larvas são transferidas para os viveiros e, em aproximadamente dois meses, estão prontas para ser utilizadas nos objetivos do projeto, sendo que o principal deles é atender à piscicultura familiar.

Na primeira fase do projeto de fortalecimento da piscicultura, desenvolvida entre fevereiro e maio deste ano, aproximadamente 26 mil alevinos foram distribuídos para 18 produtores da região do Amajari que já trabalham com piscicultura e que dispõem de toda a estrutura de produção.

Conforme Pontes, o curso superior tem pouco menos de dois anos de funcionamento e faltava apenas a reprodução para completar o ciclo de produção da piscicultura. As visitas à Estação de Balbina (Amazonas) foram fundamentais. “Os resultados serão mais eficientes, uma vez que os alunos vão colocar em prática o que aprenderam durante as visitas”, disse.

Uma das acadêmicas é Geovana Santana Santiago, 24, que está no 4.º semestre do curso. Ela destaca a importância de aliar teoria e prática e a visita a Balbina. “A gente aprendeu sobre a reprodução lá e aqui estamos colocando em prática. Lá, fomos no verão, e agora estamos no inverno. Então, essas adaptações de clima, temperatura, a gente também está fazendo aqui”, disse.

Para Geovana, o funcionamento da escola técnica no Amajari é importante para impulsionar o desenvolvimento da região por meio da agricultura, da agropecuária e da piscicultura, visto que os alunos saem preparados para ajudar suas comunidades de origem. Esse é o caso dela, que pretende ajudar a família, que mora na Comunidade Indígena do Guariba, a melhorar a produção.

 

 

Rebeca Lopes

CCS/CAM

2/8/17

 

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