AQUICULTURA – Reunião discute possibilidades de estágio para formandos

por Sofia Lampert publicado 02/05/2019 19h24, última modificação 02/05/2019 19h24
A reunião ocorreu na sede do CAM para discutir a possibilidade de oferta de quatro vagas para estágio na propriedade rural do empresário Aniceto Wanderley, considerado o maior piscicultor do Estado de Roraima.

O diretor-geral do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR), George Sterfson Barros, os coordenadores dos cursos de Tecnologia em Aquicultura, Lucas Comassetto e Marcelo Pontes, e os formandos de duas turmas desses cursos estiveram reunidos, na última terça-feira, 30, com o produtor rural Aniceto Wanderley.

A reunião ocorreu na sede do CAM para discutir a possibilidade de oferta de quatro vagas para estágio na propriedade rural do empresário, considerado o maior piscicultor do Estado de Roraima. Os beneficiários serão alunos das duas turmas que vão se formar em julho e dezembro deste ano.

Dados da Pesquisa de Pecuária Municipal (PPM) de 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), colocam o Município do Amajari como o maior produtor de tambaqui do País, seguido por Almas (TO) e Ariquemes (RO). O tambaqui é a segunda espécie de peixe mais criada, atrás apenas da tilápia.

 

Conforme Sterfson Barros, há tempos o campus vem conversando com produtores rurais, em especial com Aniceto Wanderley, sobre essa parceria. O diretor declara que, desde o início das atividades da unidade de ensino, o empresário tem apoiado as ações da escola e deixado de portas abertas sua fazenda para visitas técnicas dos alunos.

O diretor deve encaminhar o pedido à Reitoria do IFRR para a formalização do convênio. “O mais importante é que os alunos dos cursos técnico e superior de Aquicultura terão mais experiência na vida profissional. A instituição só tem a ganhar, pois terá à disposição um laboratório estruturado na fazenda, no qual os alunos vão ganhar mais conhecimento. Dessa forma, além de promover formação integral, em consonância com os arranjos produtivos locais, sociais e culturais, vamos contribuir para o desenvolvimento da região”, explicou Sterfson.

Na opinião do professor Lucas Comassetto, a possibilidade de estágio vai permitir aos alunos pôr em prática os conhecimentos repassados nas aulas teóricas no campus, bem como ver a realidade das fazendas de produção de peixe em Roraima.

Além disso, depois de formados, caso apresentem bom desempenho, os estudantes podem ser efetivados. “Há muito tempo, temos conversado com o produtor, que já demonstrou a intenção de contratar os alunos para trabalharem na propriedade, pois entende que assim também vai ajudar a desenvolver o município”, disse o professor. 

 

Para Aniceto Wanderley, o principal benefício na oferta de cursos na área de aquicultura é o conhecimento, visto que Roraima não dispunha de técnicos qualificados nessa área. Ele diz que essa oferta pelo CAM vai permitir que haja uma grande quantidade de técnicos à disposição dos produtores fazendo com que estes aumentem a produtividade e tenham melhor eficiência na produção, em razão do acompanhamento técnico e do profissionalismo que a atividade requer.

Wanderley ressaltou ainda a preocupação do IFRR em criar cursos em consonância com as atividades desenvolvidas no Estado de Roraima. “Não adianta criar curso de determinada atividade que não esteja na cadeia da produtividade de desenvolvimento do Estado de Roraima. Como a piscicultura está sobressaindo no estado e em nível nacional, essa formação é imprescindível para que a gente tenha uma sustentabilidade da atividade, porque não existe sustentabilidade de uma atividade sem o acompanhamento profissional qualificado, principalmente do setor”, afirmou.

 

Rebeca Lopes
Ascom/IFRR
Fotos: Divulgação
2/5/19

 

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