PIBICT e PBAEX – Pesquisas beneficiam o homem do campo

por Virginia publicado 30/11/2016 20h21, última modificação 30/11/2016 20h21
Os Programas Institucionais Bolsa de Iniciação Científica e Tecnológica (Pibict) e Bolsa Acadêmica de Extensão (Pbaex) têm fomentado o desenvolvimento de pesquisas não só nos Campi Boa Vista Centro (CBVC) e Boa Vista Zona Oeste (CBVZO), localizados na Capital, mas também nos campi agrícolas como o Novo Paraíso (CNP), localizado na região sul de Roraima, e o Amajari (CAM), localizado na região norte. Por meio desses programas, alunos são envolvidos, desde os primeiros anos de suas formações, em pesquisas, inclusive aplicadas, e em atividades de extensão que beneficiam diretamente as comunidades nas quais estão inseridos.

Os Programas Institucionais Bolsa de Iniciação Científica e Tecnológica (Pibict) e Bolsa Acadêmica de Extensão (Pbaex) têm fomentado o desenvolvimento de pesquisas não só nos Campi Boa Vista Centro (CBVC) e Boa Vista Zona Oeste (CBVZO), localizados na Capital, mas também nos campi agrícolas como o Novo Paraíso (CNP), localizado na região sul de Roraima, e o Amajari (CAM), localizado na região norte. Por meio desses programas, alunos são envolvidos, desde os primeiros anos de suas formações, em pesquisas, inclusive aplicadas, e em atividades de extensão que beneficiam diretamente as comunidades nas quais estão inseridos. Os resultados de alguns desses projetos foram apresentados durante o V Fórum de Integração (Forint).

Campus Novo Paraíso – O aluno David Oliveira Lima, do 3.° ano do Curso Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio do Campus Novo Paraíso (CNP), é bolsista do Pbaex e desenvolve, sob a orientação do professor Márcio Mesquita, o projeto “Capacitação dos produtores rurais, trabalhadores da área de apicultura, do sul do Estado de Roraima”, no Município de Rorainópolis, com o objetivo de capacitar os produtores para o manejo dos enxames, orientá-los sobre as técnicas de fortalecimento de enxames e o calendário de florestas, bem como realizar multiplicação de enxames fortes visando aumentar o número de colmeias no apiário sem a precisão de captura.  

De acordo com David, em Rorainópolis a produção de mel é incipiente. Assim, como forma de fomentar essa produção, em 2015, quando participou do Pbaex pela primeira vez, desenvolveu um projeto com vistas ao incentivo dos pequenos produtores à prática da apicultura. O projeto foi ampliado e, neste ano, Lima partiu para a capacitação dos apicultores. Por meio dela, foram beneficiadas três propriedades, as quais receberam visitas de orientação e monitoramento durante seis meses. “O manejo dos enxames não coincide com calendário de florada das espécies florestais, sendo necessária a definição desse calendário, o que propiciou o fortalecimento dos enxames na época ideal, resultando no aumento da produção. Com a aplicação das boas práticas apícolas, o produtor consegue, além de aumentar a produção, melhorar a qualidade dos enxames e dos produtos, respeitando o meio ambiente”, explicou o aluno.

Campus Amajari – Assim como David, do CNP, a aluna do Campus Amajari (CAM) Denise Pinho Moreira, do 3.° ano do curso Técnico em Agropecuária integrado ao ensino médio em regime de alternância, participa do Pibict e resolveu beneficiar a Comunidade Indígena da Barata, localidade onde nasceu e vive até hoje, pesquisando “O lixo nas comunidades indígenas: a relação entre os processos de mudanças socioculturais e ambientais”, sob a orientação da professora Pierlângela Nascimento da Cunha. “Esse projeto surgiu de minhas observações quanto à destinação do lixo na comunidade onde moro, pois, dado o grande acúmulo de lixo, muitas doenças começaram a afetar os moradores. Diante disso, busquei compreender qual o sentido do lixo para a comunidade e se os moradores consideravam importante dar outro destino para ele, selecionando-o, tratando-o ou mesmo reciclando-o”, destacou Denise.

A aluna relatou ainda que, culturalmente, o indígena enxerga o lixo apenas como algo que deve ser descartado e não consegue perceber, por exemplo, que, tratando o lixo no seu destino final, o ambiente será preservado e que o lixo pode representar uma fonte complementar de renda, com sua possível reutilização e/ou reciclagem. Assim, o projeto visou também apresentar sugestões no sentido de reeducar a comunidade. “Já iniciamos uma conversa com instituições que atuam na comunidade para estabelecer parcerias e capacitar os indígenas por meio de oficinas que os ensinem a reciclar o lixo por eles produzidos”, finalizou.

 

Virginia Albuquerque

Assessoria Forint

30/11/2016