PREVENÇÃO AO SUICÍDIO – Campus Amajari adere ao Setembro Amarelo

por Rebeca publicado 01/09/2017 12h45, última modificação 01/09/2017 18h04
As estatísticas são preocupantes: o Brasil é o oitavo país no mundo em número de suicídios, segundo a Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), com aumento de 10,4% na quantidade de mortes entre 2000 e 2012, sendo mais de 30% de jovens

As estatísticas são preocupantes: o Brasil é o oitavo país no mundo em número de suicídios, segundo a Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), com aumento de 10,4% na quantidade de mortes entre 2000 e 2012, sendo mais de 30% de jovens.

E, se os dados já são preocupantes, as estimativas são de que, até 2020, haja um acréscimo de até 50% no número anual de mortes por suicídio. Os dados foram apresentados durante audiência pública, em maio deste ano, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal.

Com objetivo de alertar claramente sobre o tema, desde 2014 ocorre o Setembro Amarelo, uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. A cada ano, empresas públicas e privadas aderem ao movimento. Neste ano, o Campus Amajari vai desenvolver uma série de atividades.

A primeira delas ocorre nesta sexta-feira, dia 1.º , na abertura da Semana da Pátria, a partir das 8 horas, no espaço de convivência do campus, com explanação sobre o que é Setembro Amarelo, que neste ano tem como tema “Falar é a melhor solução”.

De acordo com o coordenador de Assistência Estudantil (Caes), Francisco Moura, as atividades são organizadas numa parceira da equipe da Caes, que envolve as profissionais da assistência social e da psicologia, com a Comissão Interna de Qualidade de Vida.

Na programação desta sexta-feira, a diretora de Ensino do campus, cientista social Pierlangela Cunha, vai abordar o tema identidade indígena, em alusão ao 5 de setembro, Dia Internacional da Mulher Indígena. Em seguida, a psicóloga do CAM, Alizane Ramalho, ministrará  oficina sobre autoexpressão, na qual os alunos vão produzir cartazes expondo suas principais angústias, aflições.

Alizane lembra que a escola tem o desafio de diminuir o bullying entre os estudantes. “A gente pensa que não, mas a violência psicológica, que aparenta ser uma simples brincadeira, uma gozação relacionada à aparência física, à etnia, à cor, à raça, afeta profundamente o indivíduo. Se ele não souber lidar com isso, a situação pode se agravar”, disse.

A ideia da oficina é colocar para fora essas angústias e, assim, enfrentá-las de cabeça erguida. O material, segundo Alizane, será utilizado numa mostra fotográfica, no ambiente escolar e na caminhada do Setembro Amarelo, prevista para dia 20 de setembro, na sede do Amajari.

PROGRAMAÇÃO – Além da caminhada, nesse mesmo dia será realizada uma palestra para servidores e alunos sobre saúde mental pela terapeuta ocupacional Taiana Sabino no CAPS II, na Capital.

O projeto Cineclube, que ocorre todas as terças-feiras do mês, vai exibir apenas películas relacionadas à valorização da vida. A psicóloga reforça que, na primeira e na última semana do mês, logo após a exibição do filme, terá espaço para debates. 

No dia 27 de setembro, haverá uma mesa-redonda com relatos de experiências sobre saúde mental, com os egressos Caroline Cavalcante e Vanderlildo Silva, com a professora Luciana Barros e com a psicóloga a ser convidada. “Essa mesa é justamente para desmistificar a ideia de que, sem o pedido de ajuda, muita coisa não seria possível. Desabafar, procurar ajuda ainda é a melhor forma de prevenir e enfrentar os problemas”, explicou Alizane.

 

Rebeca Lopes
CCS/Campus Amajari
31/8/17

CGP