Placas solares devem gerar economia de até 25% na conta de energia do CAM

por Rebeca publicado 11/10/2017 14h25, última modificação 13/10/2017 20h41
A grave crise no fornecimento de energia elétrica em Roraima, com apagões que chegam a dez horas diárias e as constantes quedas de energia, tem causado sérios transtornos à população e comprometido serviços oferecidos por empresas públicas e privadas. Uma das soluções para o problema passa pela produção de energia renovável.

A grave crise no fornecimento de energia elétrica em Roraima, com apagões que chegam a dez horas diárias e as constantes quedas de energia, tem causado sérios transtornos à população e comprometido serviços oferecidos por empresas públicas e privadas. Uma das soluções para o problema passa pela produção de energia renovável.

De olho nas alternativas disponíveis nessa área, principalmente por causarem impacto ambiental reduzido, em comparação às hidrelétricas e às termelétricas, e proporcionarem economia nos gastos com conta de energia, além da diminuição de carga das concessionárias, três campi do Instituto Federal de Roraima avançam no uso de energia solar.

Entre eles, está o Campus Amajari, no norte de Roraima, que conta atualmente com 265 placas solares fotovoltaicas de 265 Wp (Watt-pico). A potência nominal instalada é de 70 kWp (kilo-Watt-pico), o que deve ajudar numa economia de até 25% ao mês na conta de energia.

A média mensal de consumo do campus está em torno de 35 mil kWh (420 mil kWh/ano), sendo que as placas solares devem gerar 8.750 kWh por mês (105 mil kWh/ano), ou seja, o sistema deverá fornecer um quarto de energia solar para o consumo interno da escola.

Além do Amajari, o projeto de energia solar do IFRR, resultado da adesão a uma ata do IFSULDEMINAS, está implantado nos Campi Novo Paraíso e Boa Vista. As três unidades dividem o custo estimado de R$ 1.402.315,68. O sistema possui vida útil estimada de 25 anos.

De acordo com o engenheiro do Departamento de Engenharia e Obras (Deteo) do IFRR Sidarta Gautama de Almeida, a concessionária vai analisar o projeto da Usina Fotovoltaica instalada para, em seguida, fazer uma visita técnica e verificar se as instalações estão compatíveis com o que foi apresentado. Depois de aprovado, será instalado o medidor bidirecional para aferir a energia gerada e a consumida.

Conforme Gautama, o projeto já foi encaminhado à concessionária, e o sistema está funcionando parcialmente na rede. “A energia gerada está sendo consumida internamente, e o excedente, quando houver, será fornecido para a rede da concessionária após  a aprovação do projeto, que obedece à Resolução Normativa REN 428 da Aneel”, explicou.

Diminuir a dependência do fornecimento de energia elétrica é uma necessidade do campus, destaca o diretor-geral, George Sterfson Barros, ao lembrar que, em 2016, a escola teve de suspender aulas devido às constantes faltas de energia no município.

 

Rebeca Lopes
CCS/Campus Amajari
10/10/17

CGP