Campus Amajari caminha para oferta de Engenharia de Pesca, diz diretor

por Rebeca publicado 26/04/2017 19h35, última modificação 27/04/2017 19h54
Com quase sete anos de implantado no norte do estado, o Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima oferece três cursos técnicos e um superior e, conforme o diretor-geral, George Sterfson Barros, caminha para que consiga oferecer mais um superior. Desta vez, o de Engenharia de Pesca.

Com quase sete anos de implantado no norte do estado, o Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR) oferece três cursos técnicos e um superior e, conforme o diretor-geral, George Sterfson Barros, caminha para que consiga oferecer mais um superior. Desta vez, o de Engenharia de Pesca.

A informação foi prestada durante a Aula Magna,  em 19 de abril, para a segunda turma do superior de Tecnologia em Aquicultura, que entrou no semestre 2017.1. O CAM oferece o curso Técnico em Aquicultura desde 2014 e vai formar a primeira turma em maio deste ano.

Seguindo as metas de verticalização do ensino das escolas técnicas, o diretor afirmou que, em longo prazo, o campus pensa em ofertar a graduação em Engenharia de Pesca, que é mais ampla, que vai desde a produção em organismos aquáticos até o manejo de recursos pesqueiros naturais (que são os peixes dos rios).

“Para a cadeia produtiva da piscicultura, essa verticalização é importante, primeiro por preparar mais profissionais para atuarem nas empresas que trabalham com a produção de peixe e, segundo, por nos dar condições de contribuir para o desenvolvimento das comunidades de onde vêm nossos alunos”, afirmou Sterfson.

A piscicultura no país obteve pequeno crescimento em 2016, apesar de todo o cenário econômico ruim que o Brasil vem enfrentando. Foram produzidas 640.510 toneladas de peixe ano passado contra 638.000 toneladas em 2015. Os dados são da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR).

Entre as regiões, o Norte é que lidera o ranking de produção de peixes cultivados, sendo que Rondônia contribui decisivamente para essa liderança. Em 2016, foram produzidos 158.900 toneladas, um crescimento de 4,81% em relação ao ano anterior. As regiões Sul e Centro Oeste ocupam a segunda e a terceira colocações.

De olho nesse crescimento do setor e no alto potencial de produção que o Amajari tem, o diretor-geral explica que a unidade de ensino já vinha pensando em como atender a essa demanda dos produtores. Com propriedades produzindo em larga escala, em 2013 foi solicitada autorização de funcionamento para a formação de técnicos em aquicultura. “Os produtores precisavam de mão de obra capacitada, e nisso nós poderíamos contribuir”, disse Barros.

 

 

Confira o desempenho da piscicultura brasileira em 2016

 

 

 

 

578.800T

 

638.000T

 

640.510T

 

0,39%

 

2014

2015

2016

 

 

NORTE

123.500

 151.600

 158.900

 4,81%

Rondônia

40.000

65.000

74.750

15%

Acre

5.000

6.000

7.020

17%

Amazonas

23.000

25.000

27.500

10%

Roraima

20.000

21.000

14.700

-30%

Pará

15.000

18.000

19.080

6%

Amapá

500

600

650

8,33%

Tocantins

20.000

16.000

15.200

-5%

 

 

 

 

 

NORDESTE

113.500

116.600

104.680

-10,22%

Maranhão

20.000

23.000

24.150

4,88%

Piauí

13.000

16.000

17.000

6,25%

Ceara

33.000

28.000

12.000

-57,14%

Rio Grande do Norte

3.000

3.300

2.500

-24,24%

Paraíba

1.000

1.100

2.500

127,27%

Pernambuco

10.000

11.000

12.100

10,00%

Alagoas

2.500

2.700

2.830

4,80%

Sergipe

6.000

6.500

6.100

-6,15%

Bahia

25.000

25.000

25.500

2,00%

 

 

 

 

 

SUDESTE

90.000

101.500

103.830

2,29%

Minas Gerais

25.000

25.000

23.000

-8,00%

Espirito Santo

11.000

12.000

10.800

-10,00%

Rio de Janeiro

4.000

4.500

4.630

2,88%

São Paulo

50.000

60.000

65.400

9,00%

 

 

 

 

 

SUL

123.000

134.800

152.430

13,00%

Paraná

75.000

80.000

93.600

17,00%

Santa Catarina

30.000

35.300

38.830

10,00%

Rio Grande do Sul

18.000

19.500

20.000

2,56%

 

 

 

 

 

CENTRO-OESTE

128.800

133.500

120.670

-9,61%

Mato Grosso do Sul

20.000

23.000

24.150

5,00%

Mato Grosso

75.000

74.000

59.900

-19,00%

Goiás

33.000

34.000

34.000

0,00%

Distrito Federal

800

2.500

2.620

4,8%

Fonte: Peixe BR

 

 

Rebeca Lopes
Fotos e textos: CCS/Campus Amajari
26/4/17

 

 

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